POETA ALLAN SALES
Natural do Cariri
Vim do Crato pro Recife
Até hoje vivo aqui
Nesta terra hospitaleira
Na Veneza Brasileira
Onde criei-me e cresci.
Minha relação com a literatura de cordel remonta ao ano de 1991. Eu fazia direção musical de um espetáculo chamado Nordeste na Mente. Uma coletânea de textos de poetas nordestinos dramatizados pelo Grupo de Animação Cultural do SESC-Santa Rita, no Recife. Justamente neste setor de poesia popular nordestina de formas fixas, cantoria de violeiros repentistas e cordel, nosso grupo era completamente leigo. Chárliton Patriota, poeta e pesquisador, natural de São José do Egito, foi a pessoa que deu ao nosso grupo subsídios necessários para montar no nosso repertório uma presença da poesia de Lourival Batista, Pinto do Monteiro, Job Patriota entre outros vates.
A partir daí, eu aprendi as técnicas de métrica e rima dos diversos estilos da poesia popular nordestina, publicando meu primeiro cordel em 1999. Segui pesquisando, hoje sou autor de mais de 500 textos de cordel e atuo no movimento cultural de Pernambuco com literatura de cordel e música popular, já que sou músico de profissão(violão,viola sertaneja e cavaquinho) além de compositor.
Como homenagem ao grande amigo, que me deu as luzes para enxergar esse universo imenso da poesia oriunda do sertão, transcrevo um soneto que fala desta minha experiência.
SONETO AO PAJEÚ
Agradeço aos poetas sertanejos
Por me darem tal presente em poesia
Pajeú pátria mãe da cantoria
Dos trinados de viola benfazejos
Grandes vates improvisos e lampejos
Que fizeram no meu canto a alforria
São José do Egito nalgum dia
Foi-me fonte dos poéticos desejos
E de volta ao Recife ensolarado
Vi meu verso de sertão impregnado
Prosseguindo pelo mundo um menestrel
O meu canto sertanejo adormecido
Acordou-se para sempre enriquecido
Traduzido em torrentes de cordel.
11 de abril de 2011 às 11:25
Obrigado poeta Allan Sales por fazer parte de nossa casa, de nossa família, do CLUBE DO REPENTE, seja bem vindo.
11 de abril de 2011 às 19:50
Olá Allan Sales,
Eu que sempre acompanho seus textos no JBF fico feliz em vê-lo conquistando mais um espaço e alastrando sua arte.
Um abraço,
Dalinha
14 de abril de 2011 às 22:02
Agradeço ao Robério pelo gentil convite de partilhar neste espaço as coisas que escrevo, assim como à companheira Dalinha pelas gentis palavras de sempre.