COLUNA "NOSSOS POETAS" / ZÉ LAURENTINO
MINHA HISTÓRIA
Comecei a ouvir os cantadores aos oito anos de idade, ao lado do meu pai, Seu Antonio Laurentino, que era uma espécie de patrono dos repentistas. Mas vou contar essa história em vesrsos:
Comecei a fazer versos
Aos doze anos de idade
Morando no sítio Antas
Puxinanã a cidade
Onde papai possuía
Pequena propriedade.
A casinha de papai
Era feita de alegria
Abrigo dos cantadores
Vendedores de poesia
Se uma dupla chegava
O povo se aglomerava
Tava feita a cantoria.
E eu, moleque peralta
Caçula, muito pachola
Me criei acalentado
Por acordes de viola.
Nas noites de cantoria
Eu ficava prezenteiro
Enquanto os outros meninos
Iam brincar no terreiro
Indiferentes aos versos
Beira-mar, quadrão mineiro
Eu ficava ali sentado
Boquiaberto, extasiado
Pra ouvir o violeiro.
Zé Laurentino, Campina Grande, 1985
POSTAGEM: Robério Vasconcelos
FONTE: Coletânea Poética de Zé Laurentino
23 de abril de 2011 às 20:07
Como diz Iponax Vila Nova: Zé Laurentino é folclore da cidade de Campina!
Tenho uma admiração do tamanho de "Puxinanã", por ele - é um grande homem e uma magnitude poética.
Me orgulho muito de conhecê-lo de perto!
Ave Zezinho!!!
Sua Tróia.
24 de abril de 2011 às 22:29
Olá a todos! Fui apresentado a pouco tempo às poesias de Zé Laurentino e já gostei de primeira. Gostaria de pedir para alguém postar uma poesia dele chamada "Somente pra Você". Obrigado pela atenção.